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Espondilolistese: causas e tratamentos para essa condição da coluna

médico demonstrando a anatomia da coluna cervical superior

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 13% da população mundial sofre com dor nas costas, sintoma comum da espondilolistese. A espondilolistese é uma condição que se caracteriza por um deslizamento anormal de uma vértebra sobre a outra, o que pode resultar em dores nas costas e até dificuldade para andar. 

Essa condição não é tão conhecida como outras doenças da coluna, como hérnia e estenose espinhal, mas pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. 

Caso queira saber mais sobre o assunto, continue lendo este artigo. Vamos explorar sobre o que é a espondilolistese e suas possíveis causas e opções de tratamento disponíveis. Boa leitura!

O que é Espondilolistese?

A espondilolistese é uma condição em que uma vértebra da coluna vertebral escorrega para a frente em relação à vértebra abaixo dela. Isso pode ocorrer devido a fraturas, desgaste dos ossos ou outros problemas na coluna.

Em outras palavras, a espondilolistese é quando uma vértebra, que são os ossinhos que formam a coluna vertebral, escorrega para a frente em relação à vértebra que está abaixo dela. É como se uma peça de dominó se movesse e ficasse fora do lugar. 

Essa condição pode causar dor nas costas, dificuldade de se movimentar e problemas de postura. Isso pode acontecer por diferentes motivos, como fraturas, desgaste dos ossos ou problemas genéticos. 

exame médico com uma espondilolistese detectada.
Exemplo do escorregamento da vértebra no exame destacado em vermelho. 

Fonte: Artigo Dr. Ricardo Teixeira

Uma dúvida que pode surgir é se há uma relação entre hérnia de disco e espondilolistese. No entanto, ambas são condições relacionadas à coluna vertebral, mas têm causas e características diferentes.  

Leia mais sobre a hérnia de disco em nosso artigo e entenda o que é e as suas causas!

Quais os graus de espondilolistese?

A espondilolistese é classificada em diferentes graus e existem cinco graus principais: 

  • Grau I: a vértebra escorrega menos de 25% sobre a vértebra abaixo dela. É considerado o grau mais leve e geralmente não causa muitos sintomas.
  • Grau II: aqui, a vértebra escorrega de 26% a 50% sobre a vértebra abaixo. Ainda é considerado um grau moderado, podendo causar desconforto nas costas e limitações na movimentação.
  • Grau III: o deslizamento da vértebra é de 51% a 75%. É considerado um grau mais avançado e pode causar dores intensas, dificuldade para se movimentar e até problemas de equilíbrio.
  • Grau IV: a vértebra escorrega de 76% a 100% sobre a vértebra abaixo. É um grau mais grave e pode causar sintomas mais intensos, como dores crônicas, dificuldade para andar e alterações posturais.
  • Grau V: a vértebra escorrega completamente para frente da vértebra abaixo dela e é o grau mais severo, também conhecido como espondiloptose. Pode causar dores intensas, problemas para andar e comprometimento das funções nervosas.
ilustração dos diferentes graus da espondilolistese
Classificação de Meyerding – Grau de escorregamento. 

As diferenças entre os graus é o que auxilia os médicos a determinar o melhor tratamento, seja por meio de exercícios, fisioterapia, medicamentos ou até cirurgia, dependendo dos sintomas e da gravidade da espondilolistese.

O que a espondilolistese pode causar?

A espondilolistese é um problema na coluna vertebral em que uma vértebra escorrega para a frente sobre a vértebra abaixo dela. Esse deslizamento pode causar diferentes efeitos no corpo. 

Vamos conhecer alguns deles:

  • Dor na lombar 
  • Dor na perna
  • Dor irradiada para membros inferiores 
  • Dor ciática 
  • Fraqueza nos pés ou pernas
  • Problemas de equilíbrio
  • Dificuldade para caminhar 
  • Alterações na postura  

Cada caso é único e o tratamento adequado deve ser determinado por um médico especialista, como um ortopedista ou um neurocirurgião, com base nos sintomas, exame e avaliação clínica do paciente.

Tipos de Espondilolistese 

A espondilolistese ocorre quando uma vértebra escorrega para a frente sobre a vértebra abaixo dela. Isso pode ocorrer de diferentes formas e é dividido entre cinco tipos principais de espondilolistese. 

Espondilolistese ístmica

A espondilolistese ístmica é uma das causas mais comuns e, geralmente, ocorre devido a um problema na “pars interarticularis”, uma parte da vértebra responsável pela estabilização de um segmento entre dois ossos. 

Esse defeito pode ser causado por uma fratura ou falha durante o desenvolvimento da vértebra. É mais comum em adolescentes e atletas que praticam esportes que envolvem movimentos repetitivos da coluna.

Espondilolistese degenerativa

Essa causa está relacionada ao envelhecimento e ao desgaste natural da coluna vertebral. Com o passar do tempo, os discos entre as vértebras podem perder sua elasticidade e altura, o que leva a um maior deslizamento das vértebras. 

Este tipo de espondilolistese é mais comum, portanto, em adultos mais velhos. 

médico apontando para o esqueleto humano para mostrar a medula espinhal
Exemplo do escorregamento da vértebra no exame destacado em vermelho.  

Espondilolistese traumática 

Ocorre após um trauma na coluna ou lesão, como uma queda ou acidente. Esses traumas podem causar fraturas nas vértebras, levando ao escorregamento característico da espondilolistese. 

Espondilolistese patológica 

Nesse caso, a espondilolistese é causada por uma condição subjacente, como doença da coluna, tumores ou infecções ósseas, que enfraquecem a estrutura da coluna vertebral.  

Espondilolistese iatrogênica

Essa causa está relacionada a procedimentos médicos, especialmente após cirurgias na coluna. Às vezes, a cirurgia pode resultar em instabilidade da coluna vertebral, levando ao deslizamento das vértebras adjacentes.

Diagnóstico 

O diagnóstico da espondilolistese é feito por meio de uma avaliação médica completa, que inclui histórico clínico, exame físico e exames de imagem. Durante o exame físico, o médico pode verificar a presença de dor e dor irradiada, sensibilidade, além de limitações de movimento. 

Os exames de imagem, como radiografias, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), são utilizados para confirmar o diagnóstico, determinar o grau de escorregamento da vértebra e identificar possíveis lesões associadas, como hérnias de disco.

O que fazer para aliviar a dor da espondilolistese? 

fisioterapeuta ajudando um paciente com problemas e dor nas costas

O tratamento da espondilolistese depende do grau de escorregamento da vértebra, dos sintomas apresentados pelo paciente e se o paciente possui outras condições médicas associadas. 

Existem duas abordagens principais para o tratamento:

Tratamento Conservador Espondilolistese

O objetivo do tratamento é aliviar a dor, estabilizar a coluna vertebral e melhorar a qualidade de vida do paciente com: 

  • Repouso e modificação das atividades 
  • Medicação 
  • Fisioterapia 
  • Uso de coletes ou órteses  

Tratamento Cirúrgico Espondilolistese 

a cirurgia é geralmente considerada quando o tratamento conservador não promove resultados positivos e nenhum surtiu alívio dos sintomas, ou também quando há risco de complicações graves. 

Existem diferentes técnicas cirúrgicas disponíveis, como a fusão espinhal, na qual as vértebras são unidas, e a descompressão neural, que envolve a remoção do tecido pressionando os nervos. 

O tipo de cirurgia recomendado dependerá do grau de escorregamento, da localização da espondilolistese e das necessidades individuais do paciente.

O que não fazer na espondilolistese?

Na espondilolistese, existem algumas precauções e atividades que devem ser evitadas, como: 

  • Exercícios de alto impacto 
  • Levantamento de pesos
  • Exercícios de flexão
  • Exercícios de torção da coluna
  • Má postura 
  • Excesso de peso 

Se você se identificou com algum dos sintomas da espondilolistese é muito importante se consultar com um médico especializado para garantir o diagnóstico correto.  

A Unidade Médica Avançada conta com uma clínica no Itaim Bibi, em São Paulo, com um tratamento humanizado e uma equipe especializada em coluna para entender o quadro e devolver a qualidade de vida.  

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