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Lombalgia: saiba mais sobre a dor na lombar

Lombalgia: saiba mais sobre a dor na lombar

A lombalgia ou dor lombar é um sintoma muito comum que pode atingir pessoas de qualquer gênero ou idade. Estudos apontam que até 84% das pessoas vão sentir dor lombar em algum momento da vida. 

Por ser um sintoma comum, podemos deixar passar batido e não ir atrás do tratamento correto, causando complicações desnecessárias. De acordo com o INSS (Instituto Nacional de Previdência Social) e a OMS (Organização Mundial da Saúde), a lombalgia é a segunda maior causa de procura por atendimento clínico. 

Por isso, siga com a leitura deste artigo para entender as características, os principais sintomas da dor na lombar e como se prevenir!

O que é lombalgia? 

Em primeiro lugar, lombalgia é um sintoma, não uma doença, e é caracterizada por dores na região lombar (parte inferior da coluna). Ela é popularmente chamada de “dor nas costas” ou “dor lombar” e, normalmente, passa em um curto período. 

Além disso, é importante dizer que “dor nas costas” e “lombalgia” não devem ser vistas como sinônimos, uma vez que dor nas costas pode se referir a uma dor que atinja qualquer região da coluna. A coluna é dividida em regiões cervical, dorsal, lombar, sagrada e coccígea, já a lombalgia é uma dor que atinge a região lombar. 

A região lombar é a base da coluna e sustenta todo o nosso tronco, cabeça e membros superiores. Ela é responsável por aguentar os impactos e dar suporte para podermos abaixar, flexionar, distender, suportando bastante sobrecarga mecânica

Por fim, é necessário entender que a região lombar não é composta apenas pela coluna. Ela é uma região composta por musculaturas, ligamentos e órgãos, como o rim e, por isso, vão existir diferentes causas que vão diferenciar o tipo de lombalgia. 

Tipos de lombalgia

A lombalgia pode ser classificada entre lombalgia inespecífica, conhecida também como lombalgia mecânica, e lombalgia específica ou lombalgia infecciosa

A lombalgia mecânica causa dor de origem muscular – sem a presença de nenhum distúrbio –, enquanto a lombalgia infecciosa está relacionada a alguma outra doença que provoca a dor na lombar – e esse tipo é diagnosticado em apenas 20% dos casos.  

Além disso, pode surgir a dúvida: por quanto tempo pode durar uma crise de lombalgia? A lombalgia pode ser classificada de acordo com a duração do sintoma em 2 tipos: lombalgia aguda ou crônica. 

mulher com as mãos apoiadas nas costas por conta da dor na lombar.
A lombalgia não é uma doença. É um sintoma comum que atinge boa parte da população e afeta a região lombar. 

A lombalgia do tipo aguda tem uma crise que dura de alguns dias até por volta de seis semanas. Ela é classificada como uma dor passageira, que é causada por conta de hábitos como a má postura ou excesso de esforço físico. 

Na maioria dos casos de lombalgia aguda, a dor costuma passar sozinha em até um mês. 

Já a lombalgia do tipo crônica provoca dores no paciente que podem ultrapassar um período de 3 meses. Deixando-o incapacitado de seguir com suas tarefas do dia a dia, afetando diretamente em sua qualidade de vida. 

O que pode provocar a lombalgia? 

Um dos hábitos mais comuns que causam dor na lombar é a má postura. Ou seja, ficar sentado para trabalhar ou assistir TV, ou ficar deitado de mal jeito no dia a dia pode desencadear a dor na lombar. 

Os principais sintomas da lombalgia são: 

  • Má postura; 
  • Excesso de esforço e peso; 
  • Lesões em músculos ou ligamentos; 
  • Falta de ergonomia (má postura durante a jornada de trabalho); 
  • Estresse e alterações emocionais. 

Além disso, a obesidade pode ser um agravante para os casos de lombalgia, por conta do excesso de esforço da musculatura para sustentar o peso. Pessoas com hábitos sedentários, idosos e estudantes que carregam mochilas muito pesadas também são grupos de risco. 

Sintomas da lombalgia 

O sintoma principal da lombalgia são dores, desconforto ou tensão na região da lombar e a dor pode irradiar até o meio da coxa e perna. 

Normalmente, os principais sintomas da lombalgia são: 

  • Dor intensa, incapacitante ou persistente;  
  • Espasmos musculares na região lombar;
  • Dor que aumenta ao realizar algum movimento; 
  • Coluna travada que impede de ficar em pé ou realizar movimentos. 

À medida que envelhecemos estamos mais propensas a ter lombalgia, ainda mais quando o paciente tem histórico de muita atividade pesada, seja por conta do trabalho ou por outros hábitos do dia a dia.

Diferença entre hérnia de disco e lombalgia? 

A lombalgia é um sintoma de dor na região lombar que pode ser causado por diversos motivos. A hérnia de disco, por sua vez, é uma doença degenerativa que resulta do desgaste dos discos da coluna, causando uma dor que irradia ao longo do nervo ciático (ciatalgia). 

mulher sofrendo com dor na lombar em um plano de fundo cinza
O sintoma principal da dor na lombar são dores na região da lombar e pode irradiar até o meio da coxa e perna.

No entanto, 1% dos pacientes podem ter lombociatalgia, isto é, uma dor lombar causada por um disco degenerativo e, ao mesmo tempo, possuir hérnia de disco que causa a dor no nervo ciático. 

Diagnóstico da lombalgia 

Mais de 90% dos casos são diagnosticados através de exames clínicos, principalmente nos casos de lombalgia aguda, entendendo o histórico médico do paciente, junto de um exame físico, o médico é capaz de diagnosticar o problema.   

Os exames complementares de imagem, como raios-X e ressonância magnética, normalmente, são necessários quando o paciente não tem melhora do quadro de dor e apresenta sintomas mais graves como a febre ou emagrecimento. 

Os casos de lombalgia aguda não necessitam de nenhum tratamento específico, portanto, é algo que não irá impactar a qualidade de vida do paciente.

Tratamento da lombalgia

O tratamento da lombalgia irá variar em cada quadro do paciente. Com o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios prescritos pelo médico irão aliviar a dor. 

Nos casos de picos de dor, é bom se deitar de lado em posição fetal (com as pernas encolhidas) e esperar a dor passar. O repouso deve ser temporário, apenas o tempo necessário para o paciente não complicar o quadro. O intuito é manter a rotina e ter uma recuperação ativa. 

Além disso, existem tratamentos adicionais como massagem, termoterapia, terapia cognitiva comportamental, eletroterapia etc, que podem ajudar na recuperação. Somente 10% dos casos vão ser necessários ser tratados através de cirurgia.   

Dicas para lombalgia 

Existem algumas atitudes que podem ser tomadas para evitar que a lombalgia apareça ou possa desencadear um tipo crônico. Se atente aos pontos a seguir e veja o que você já consegue alterar no seu dia a dia para prevenir a dor na lombar: 

  • Cuidado com a postura durante a jornada de trabalho; ​​
  • Mantenha a coluna correta também em casa ao sentar-se ou ao deitar; 
  • Não fique muito tempo sentado. Realize pausas a cada 30 minutos para andar, pegar uma água, tomar um café, qualquer atividade simples que movimente o corpo; 
  • Evite carregar peso excessivo sem ter preparo físico; 
  • Mantenha o peso ideal para sua altura; 
  • Realize atividades físicas. 

Caso queira saber mais sobre esse ou diversos outros assuntos da medicina, acompanhe nossos artigos

Se você se identificou com algum dos sintomas de lombalgia, converse com um médico especializado para entender seu histórico e qual o melhor tratamento.

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