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Polineuropatia: condição que afeta os nervos periféricos

Descubra o que é a polineuropatia, uma condição que afeta os nervos periféricos e pode causar sintomas como formigamento e fraqueza.

ilustração 3d de uma célula nervosa humana

A prevalência da polineuropatia é de 2% a 4 % da população geral e chega a 8% na população acima de 55 anos. Em países desenvolvidos, a causa mais comum é a diabetes. Essa condição pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em pessoas idosas.

Uma das principais causas da polineuropatia é a diabetes e estudos indicam que cerca de metade dos pacientes diabéticos desenvolvem algum grau de polineuropatia ao longo da vida. 

Continue lendo este artigo para saber mais sobre o que é a polineuropatia, seus sintomas, causas e possíveis tratamentos, oferecendo informações valiosas para quem convive com essa condição ou busca compreendê-la melhor. Boa leitura! 

O que é a Polineuropatia?

A neuropatia é a doença neurológica que atinge o funcionamento dos nervos periféricos. E a polineuropatia é caracterizada por uma disfunção de vários nervos periféricos ao mesmo tempo, ocasionada por doenças, como câncer, diabetes e autoimunes. 

Os nervos periféricos são responsáveis por transmitir informações entre o cérebro, a medula espinhal e outras partes do corpo, resultando em problemas de comunicação e funcionamento adequado dessas estruturas.

ilustração 3d renderizado de uma célula nervosa do corpo humano
Os nervos periféricos são responsáveis por transmitir informações entre o cérebro e o restante do corpo.

Para entender melhor, imagine que os nervos são como cabos elétricos que transmitem mensagens do cérebro para diferentes partes do corpo, como os músculos, pele e órgãos. 

Essas mensagens serão responsáveis por controlar os movimentos do nosso corpo, fazer sentir o toque e a temperatura, e até mesmo regular algumas funções que são automáticas no corpo humano, como a respiração e a digestão. 

A polineuropatia surge quando esses nervos sofrem danos ou não funcionam corretamente. Ela pode afetar diferentes tipos de nervos, como: 

  • Nervos motores: controlam os movimentos musculares;
  • Nervos sensoriais: responsáveis pela sensação de toque, dor e temperatura; 
  • Nervos autônomos: cuidam das funções automáticas do corpo, como a pressão arterial e a digestão.

Qual a causa da Polineuropatia?

Alguns dos principais fatores que podem levar ao desenvolvimento da polineuropatia são:

  • Diabete;
  • Doenças autoimunes; 
  • Infecções virais ou bacterianas; 
  • Deficiências nutricionais; 
  • Distúrbios genéticos

Além disso, os principais fatores de risco da polineuropatia são a idade avançada, histórico familiar da doença, obesidade, tabagismo e o uso de determinados medicamentos e substâncias. 

Tipos de polineuropatia  

Já são estudados diversos tipos de polineuropatia e elas são classificadas com base na sua causa ou em outras características específicas.

Polineuropatia diabética 

É um tipo de polineuropatia que afeta pessoas com diabete. Essa condição é causada por danos aos nervos periféricos devido ao aumento dos níveis de açúcar no sangue e à duração prolongada da diabete.

Geralmente este tipo de polineuropatia começa pelos pés e se espalha para as pernas e mãos. 

Polineuropatia hereditária

A polineuropatia hereditária é uma condição neurológica rara transmitida geneticamente de geração em geração, através de mutações genéticas. Essa condição afeta principalmente os nervos sensoriais, resultando em sintomas como perda de sensibilidade nas extremidades, formigamento, dor e queimação.

ilustração 3d da anatomia do sistema nervoso do corpo humano
São conhecidos diversos tipos de polineuropatia e são classificados conforme a causa da doença. 

Polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica (CIDP)

A polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica (CIDP) é uma doença neurológica autoimune e progressiva que afeta os nervos periféricos. Nessa condição, o sistema imunológico erroneamente ataca a mielina, uma substância que reveste os nervos e permite a transmissão eficiente dos sinais elétricos.

Polineuropatia alcoólica

A polineuropatia alcoólica é uma condição que afeta os nervos periféricos que está associada ao consumo excessivo e crônico de álcool. O uso prolongado de álcool pode causar danos diretos aos nervos, levando à degeneração e desmielinização dos mesmos, impactando a transmissão dos sinais elétricos. 

Polineuropatia carencial

A polineuropatia carencial é uma condição neurológica que ocorre devido à deficiência de nutrientes específicos, especialmente vitaminas do complexo B. 

Quando há carência dessas vitaminas, os nervos podem ser prejudicados e podem ocorrer sintomas como formigamento, dormência, fraqueza muscular e dor.

Polineuropatia tóxica

A polineuropatia tóxica é uma condição que afeta os nervos periféricos devido à exposição a substâncias tóxicas

Essas substâncias podem incluir metais pesados, como chumbo, mercúrio, bem como medicamentos, produtos químicos industriais e toxinas ambientais. A exposição prolongada ou exagerada pode causar danos nos nervos, resultando em dormência, formigamento, fraqueza muscular, dor e alterações na sensibilidade. 

Quais são os sintomas de polineuropatia?

Os sintomas podem variar dependendo da extensão da lesão do nervo, além da área em que os nervos foram lesionados. 

Os sintomas mais comuns incluem:

  • Formigamento; 
  • Dormência; 
  • Sensação de agulhadas nas mãos, pés, pernas ou braços;  
  • Fraqueza muscular; 
  • Dor, pontadas, choques elétricos; 
  • Problemas de equilíbrio; 
  • Diminuição da sensibilidade; 
  • Tontura; 
  • Problemas intestinais ou urinários; 
  • Disfunção sexual 

Como diagnosticar e tratar a polineuropatia?

Durante a consulta, o médico irá analisar a anamnese, ou seja, estudar o histórico médico e os sintomas relatados pelo paciente. Além disso, o médico pode pedir uma eletromiografia (EMG) para diagnosticar qual é o tipo de neuropatia e auxiliá-lo no tratamento da doença. 

O tratamento da polineuropatia visa apenas controlar os sintomas da doença, além de retardar a sua progressão. No entanto, em alguns casos, é possível conciliar um tratamento para cuidar da causa da polineuropatia, como a diabete, por exemplo. 

Portanto, os medicamentos são frequentemente prescritos para aliviar a dor e controlar os sintomas, como analgésicos, antidepressivos, anticonvulsivantes. E alguns medicamentos tópicos podem ser utilizados, dependendo do tipo de dor.

mulher de blusa branca com o braço dolorido
O tratamento da polineuropatia visa apenas controlar os sintomas da doença. 

Já os exercícios físicos desempenham um papel complementar e muito importante na recuperação da polineuropatia. A realização de exercícios é essencial para melhorar a força muscular, coordenação e mobilidade. Isso pode ajudar a minimizar a fraqueza muscular, entre outros sintomas, devolvendo a qualidade de vida ao paciente. 

Além disso, é importante entender que a maioria dos quadros de polineuropatia não requerem cirurgias, uma vez que o foco está no controle dos sintomas e na prevenção de futuras complicações. Apenas é necessário se a causa da polineuropatia requer algum procedimento cirúrgico. 

Por fim, o plano de tratamento traçado pelo médico para a polineuropatia vai ser individual de paciente para paciente, considerando as necessidades individuais e a causa da doença.  

A polineuropatia tem cura?

A polineuropatia não possui uma cura definitiva. No entanto, existem medidas que podem ser tomadas que vão aliviar os sintomas do paciente e retardar a progressão da doença, devolvendo sua qualidade de vida. 

O que é polineuropatia nas pernas?

imagem preto e branco com foco em uma perna humana com dor nos pés
A ​​polineuropatia nas pernas é a condição em que diversos nervos periféricos localizados nas pernas são afetados simultaneamente. 

A polineuropatia nas pernas é a condição em que múltiplos nervos periféricos localizados nas pernas são afetados. Os sintomas, geralmente, incluem dor, formigamento, queimação, fraqueza muscular, perda de equilíbrio e coordenação, alterações na sensibilidade ao toque, calor e frio nas pernas. 

Se você reconhece algum dos sintomas é importante consultar um médico neurologista. A Unidade Médica Avançada conta com uma clínica no Itaim Bibi, em São Paulo, com um tratamento humanizado e uma equipe especializada e atualizada para tratar esta síndrome. 

Se quiser mais informações sobre saúde e bem-estar, confira o nosso blog, ou continue lendo outros artigos: 

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