Quais os tipos de dores que existem e como tratar?
Existem diversos tipos de dores, as passageiras que passam em um curto período de tempo ou somente com um analgésico; e as dores persistentes, que impactam nas tarefas do dia a dia e causam desconforto. Entenda o que é a dor, as principais diferenças entre elas e o porquê delas ocorrerem.
A dor é um sintoma muito comum e recorrente no dia a dia dos brasileiros, entre os mais frequentes, estão as dores de cabeça e dores nas costas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED), pesquisas indicam que 37% da população brasileira sente dores crônicas. Entretanto, você sabe diferenciar os sintomas dos principais tipos de dor que existem?
A dor vai além do que apenas uma reação física do corpo, isso afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas. Por isso, entender o que cada tipo de dor pode causar, em qual momento você deve procurar um médico, tudo isso pode fazer toda diferença no momento de realizar um diagnóstico precoce.
Para entender a diferença entre uma dor crônica e dor aguda, como ela é causada e qual o melhor caminho para aliviar e tratar cada uma delas, continue lendo este artigo. Além disso, não deixe de acompanhar nossos outros posts para sanar suas dúvidas sobre as principais condições médicas. Boa leitura!
Afinal, o que é dor?
A dor é uma forma do nosso organismo sinalizar que algo não está certo. Em termos médicos, é uma reação de sinais neurais processados pelo cérebro. A dor é o motivo mais recorrente para os brasileiros procurarem ajuda médica, podendo ser ela crônica, aguda ou disruptiva.
Definido pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) como “uma experiência sensitiva e emocional desagradável”, a dor é algo que sempre instigou o ser humano a tentar entender e encontrar justificativas para que isso aconteça no corpo, e a como controlar essa experiência desagrádavel.
A medicina avança bastante a cada dia, os estudos conseguem entender a causa de dores e doenças e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
O que é clínica da dor?
A Clínica da Dor é um termo médico usado para denominar clínicas e hospitais que tratam pacientes com dores crônicas, sendo o médico da dor a pessoa que seguiu essa especialização na faculdade e conta com uma experiência específica.
A Unidade Médica Avançada é composta por especialistas em dor pela SBED (Sociedade Brasileira para Estudo da Dor), prontos para oferecer o tratamento mais adequado para tratar a causa da sua dor.
Por que sentimos dor?
Como vimos, a dor é um sinal de alerta do organismo e acontece por meio de estímulos enviados pelos nervos do corpo ao cérebro. O cérebro, por sua vez, envia os estímulos ao córtex motor para que este libere alguma reação e notifique que algo não está certo em determinada região do corpo.
Já os analgésicos atuam no corpo bloqueando os receptores sensoriais que enviam a mensagem ao cérebro dizendo que há um foco de inflamação ou algum outro problema no corpo. Assim, quebrando esse caminho até o cérebro, a dor é cessada.
Existem diferentes tipos de dor e identificar qual o tipo da dor determina diretamente qual o tipo de medicamento que deverá ser prescrito ao paciente.
Dor aguda
A dor aguda é um tipo de dor intensa e que dura um tempo relativamente curto. É um sintoma de que o corpo está com um problema, geralmente, uma ferida. Esse tipo de dor desaparece de forma rápida, curada com a cicatrização do ferimento e tratada com analgésicos.
Dor crônica
A dor crônica dura um longo período de tempo, conhecida também como dor persistente. Ela pode variar de leve a severa e o diferencial para a dor aguda é que ela é persistente. A dor é considerada crônica se durar mais de 3 meses e pode impactar o dia a dia do paciente.
Por isso, nestes casos, quando a dor se torna recorrente, é um sinal de que algo não está bem e o corpo não consegue se recuperar de forma natural, deixando de ser apenas um sintoma. É de extrema importância procurar auxílio médico e entender a causa da dor.
Dor disruptiva
A dor disruptiva é um sinalizador muito importante quando, apesar de estar tomando analgésicos e acompanhamento médico para tratar a dor, ela ainda persiste. A dor disruptiva aparece de forma rápida e se parece com a dor crônica, no entanto, ela é mais intensa e se manifesta de forma despadronizada, como ao se vestir ou, até mesmo, ao andar e se vestir.
Além disso, ela pode acontecer de forma inesperada, sem nenhuma causa específica. Por isso, é importante que, se você se enquadra em alguns dos sintomas citados, averigue com um médico o que está causando essa experiência no seu corpo.
Outros tipos de dor
Além das três dores principais citadas, existem algumas subdivisões entre a dor crônica que podem nos ajudar a entender ainda mais sobre o comportamento da dor.
Dor neuropática
A dor neuropática é um tipo de dor crônica e ocorre por uma lesão ou disfunção dos nervos da medula espinhal ou do cérebro. Esse tipo de dor pode afetar até 10% da população e pode impactar as tarefas diárias.
Dor somática
A dor somática é um tipo de dor crônica e ocorre quando os estímulos que vão produzir a sensação de dor provêm da periferia do corpo, como a pele, músculos, articulações ou de tecidos de suporte.
Dor psicossomática
Uma dor psicossomática é uma manifestação de dor a partir de alterações emocionais. Neste caso, a dor é um sintoma físico que é uma consequência dos sintomas emocionais e psicológicos do paciente.
Dor idiopática
Uma dor idiopática é o quadro de quando não é possível detectar qual a sua causa da dor. Nesses casos, o médico não consegue diagnosticar, por meio de exames, qual a origem, sendo sua causa desconhecida e, tendo que realizar tratamentos focados em amenizar o sintoma.
Quais são os níveis de dor?
A dor não é algo simples para o médico avaliar. A dor é subjetiva: não podemos avaliar o nível da dor de alguém através de um exame clínico ou de imagem.
Uma forma de avaliar a intensidade da dor é a avaliação comportamental do paciente através da Escala Comportamental (EC), em que ele fornece uma nota indicando o que está sentindo, perguntando sobre a lembrança da dor em função de suas atividades do dia a dia e o quanto ela impacta.
- Nota zero: quando o paciente está sem dor;
- Nota de um a três: dor presente, em alguns momentos ela é esquecida;
- Nota quatro a seis: a dor é constante, mas não impacta nas atividades do dia a dia;
- Nota seis a oito: a dor não é esquecida e impacta nas tarefas diárias;
- Nota dez: a dor persiste quando o paciente está em repouso e não consegue ser ignorada, impactando e gerando dano extremo na vida do paciente.
Médico especialista em dor em São Paulo
Por mais que a dor seja um sintoma comum entre a população, a especialidade em Clínica da Dor ainda é recente. No entanto, ela envolve profissionais de diferentes áreas da medicina para tratar dores crônicas ou disruptivas, e capacitá-los para tratar os mais diversos casos de dor.
Com o avanço dos estudos, estão sendo desenvolvidas técnicas para interromper este circuito neuronal que causa grande dor no paciente, como a Neurocirurgia Funcional. O objetivo é modular de diversas maneiras (elétrica, farmacológica, etc.) os funcionamentos cerebrais anormais e interromper este circuito neuronal que causa dor no paciente.
Sentir dor de forma constante impacta no dia a dia do paciente, seja leve ou grave. Portanto, caso você sinta muitas dores, é recomendado procurar um especialista na área. Temos médicos de dor em São Paulo com vasta experiência clínica para entender a causa do seu desconforto.
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