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Rabdomiossarcoma: o que é e quais os seus primeiros sinais

Uma doença que afeta principalmente crianças e adolescentes até os 18 anos de idade, o rabdomiossarcoma é o câncer de tecido mole que se desenvolve nos músculos ligados aos ossos. Ele se forma ainda na gravidez e corresponde de 4 a 5% dos tumores malignos dessa faixa etária.  

Ela é uma doença rara em adultos e atinge braços, pernas, cabeça, pescoço, tórax ou abdômen, pois são nestas partes do corpo que se concentram a maioria dos músculos esqueléticos. Pode, ainda, se espalhar pelo corpo, sendo os principais locais: pulmão, medula óssea e os ossos.

Saiba mais sobre o rabdomiossarcoma e outras condições da medicina com a Unidade Médica Avançada. Siga a leitura do artigo que vamos explicar as características da doença, quais os seus primeiros sinais no corpo e o seu tratamento. 

Afinal, o que é rabdomiossarcoma? 

O rabdomiossarcoma é um tipo de câncer que afeta as células que compõem os tecidos moles do corpo, neste caso, o músculo esquelético. Ele é caracterizado por formar uma massa indolor que cresce progressivamente e se liga ao tecido muscular. 

O corpo humano é formado por diferentes tipos de tecido, dentre eles, o tecido mole, que é representado pelos músculos, gordura, vasos sanguíneos, entre outros. O objetivo dos tecidos moles no corpo é ligar, apoiar ou proteger outras estruturas que compõem o nosso organismo.

Como vimos, o rabdomiossarcoma afeta os músculos esqueléticos, que são os músculos ligados aos ossos. Ele é desenvolvido no embrião, por volta da sétima semana de gestação, e é formado por uma célula denominada rabdomioblastos e é ela que pode ser saudável ou maligna, crescer e dar origem ao câncer. 

As partes moles do corpo humano compõem 50% do peso e estão concentradas nos braços, pernas e no tórax. Entretanto, o rabdomiossarcoma é mais comum na cabeça e no pescoço, mas pode atingir a próstata e o aparelho reprodutor. 

Além disso, é uma doença que está mais propensa a atingir bebês e crianças nos primeiros cinco anos de vida, no entanto, pode acometer os adultos numa taxa muito menor, sendo bem raro. 

Tipos da doença 

Existem dois tipos principais de rabdomiossarcoma: o embrionário e o alveolar

Rabdomiossarcoma embrionário

É o tipo mais comum deste câncer e tem uma maior incidência em bebês e crianças nos primeiros anos de vida. O rabdomiossarcoma embrionário tende a se desenvolver na área de cabeça e pescoço, mas pode acometer a bexiga, vagina, próstata ou testículos, além de áreas ao redor. 

médica explicando ao paciente os resultados de um exame em seu consultório
O rabdomiossarcoma é um câncer que afeta as células que formam o músculo esquelético, principalmente na cabeça e pescoço.

Rabdomiossarcoma alveolar

O rabdomiossarcoma alveolar acomete, geralmente, crianças mais velhas e adolescentes, atingindo os maiores músculos do corpo, como os músculos do tórax, braços e pernas. 

O termo alveolar vem do formato das células do tumor, que formam pequenos espaços vazios nos músculos, chamados de alvéolos. Este tipo de rabdomiossarcoma cresce de forma mais acelerada do que o embrionário. 

Quais sintomas do rabdomiossarcoma?

O primeiro sinal da doença é o crescimento de uma massa ou inchaço que pode vir acompanhado de vermelhidão e, até mesmo, dor. No entanto, geralmente, ele começa como um nódulo indolor. 

Os sintomas do rabdomiossarcoma irão se diferenciar a partir do estágio do câncer e do lugar em que ele está no corpo. Como é uma doença que pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, não existem sintomas comuns para todos os casos. 

Mas o rabdomiossarcoma pode apresentar sintomas, como: 

  • Formigamento e dormência;
  • Dor de cabeça;
  • Obstrução do nariz; 
  • Sangramento do nariz;
  • Sangramento da garganta;
  • Vômitos; 
  • Dor de barriga; 
  • Constipação intestinal; 
  • Olhos e pele amarelados; 
  • Fraqueza; 
  • Perda de peso. 

Quais são as suas causas?

Normalmente, a doença se forma ainda durante a gravidez, na etapa em que as células vão se unir e formar o músculo esquelético. Entretanto, alguma coisa ocorre e elas se tornam  células malignas que crescem e se multiplicam de forma desordenada, dando origem ao câncer.  

Os pesquisadores ainda estão estudando como as mudanças no DNA podem provocar a mudança de células normais em células cancerígenas. Assim como, existem poucos fatores de risco conhecidos para esse tipo de tumor, embora uma pequena proporção dos casos esteja associada com condições genéticas. 

Diagnóstico 

médica pediatra com um estetoscópio checando a saúde de um garoto em um consultório
A doença se forma durante a gravidez, por isso é um câncer que afeta principalmente crianças nos primeiros anos de vida. 

O diagnóstico do rabdomiossarcoma irá acontecer após uma consulta com o médico, onde ele irá realizar uma análise completa do histórico médico e familiar do paciente. Algumas vezes, o tumor pode não ser  detectado ao exame físico, mas pode ser sinalizado devido à dor ou alguma disfunção funcional, como obstrução nasal ou constipação.

Ele pode ser diagnosticado através de exames como: 

  • Raio-x;
  • Ultrassonografia;
  • Ressonância magnética;
  • Tomografia computadorizada;
  • Cintilografia óssea. 

Tratamento

As crianças que são diagnosticadas com a doença devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar para oferecer o suporte completo para o paciente. E os principais tratamentos incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de células tronco. 

O mais comum é a realização de quimioterapia pré-operatória neoadjuvante para reduzir o volume de células cancerígenas, depois a realização da cirurgia para retirar o tumor combinada com a quimioterapia pós-operatória para impedir o crescimento de novas células cancerígenas. 

O rabdomiossarcoma tem uma maior chance de cura quando ocorre um diagnóstico ainda nas fases iniciais do tumor. Assim as respostas para os tratamentos, seja por meio da quimioterapia ou da radioterapia, se tornam promissoras, aumentando as chances de cura do paciente. 

Entretanto, em como todo tratamento de câncer, não há um tempo estimado de duração da quimioterapia ou radioterapia, uma vez que todo o processo depende de como o paciente vai responder aos medicamentos e métodos indicados pelo médico. 

Se você costuma sentir alguns sintomas anormais ou parecidos com o do artigo, não deixe de procurar um profissional para te auxiliar. E caso tenha histórico de câncer em sua família ou de outras doenças similares, não deixe de manter os checkups em dia e cuidar da sua saúde. 

Além disso, se procura um tratamento humanizado e profissionais experientes em dor, neurologia ou coluna, entre em contato com a Unidade Médica Avançada e marque sua consulta. 

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