Esquizofrenia: saiba mais sobre o distúrbio e seus sintomas 

A esquizofrenia afeta a vida de 1% da população mundial, ou seja, ela atinge cerca de 100 milhões de pessoas pelo mundo inteiro. Só no Brasil, mais de 2,5 milhões de pessoas têm a doença.

A Comissão de Educação (CE) estabeleceu que dia 24 de maio é o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esquizofrenia, que tem por objetivo gerar uma maior visibilidade ao transtorno mental e combater o preconceito em cima de pacientes diagnosticados com a doença.

Se quer saber mais sobre as características do transtorno e como é o dia a dia do paciente que convive com a doença, siga a leitura deste artigo. 

O que é a esquizofrenia?

A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado por alterar a percepção de realidade do paciente, alterando seu comportamento, pensamentos e emoções. A doença pode afetar homens e mulheres e os primeiros sinais aparecem no fim da adolescência e início da vida adulta. 

Esse transtorno é um problema de saúde pública no mundo inteiro e alvo de muito preconceito, sendo associada, geralmente, com loucura e violência. 

A principal característica da doença é perder a conexão com a realidade, ouvir vozes que somente a pessoa com esquizofrenia escuta e delírios. Além disso, ao longo do tempo, a doença passa a afetar todas as áreas da vida do paciente, como as relações familiares, amigos, na escola, assim como o trabalho. 

A doença apresenta os primeiros sinais entre os 18 a 30 anos e são aqueles que convivem com o paciente que identificam. No entanto, se a doença for diagnosticada precocemente, a pessoa pode viver com uma boa qualidade de vida. 

O que causa esse transtorno?  

A causa da esquizofrenia ainda não foi descoberta, no entanto, estudos indicam que ela é de origem multifatorial, isto é, uma combinação de fatores genéticos, cerebrais e do ambiente que podem desencadear a doença.

• Fatores genéticos: as chances de desenvolver a doença aumentam com pessoas de parentesco de primeiro grau; 
• Fatores ambientais: complicações ou alterações no desenvolvimento em período de gestação, episódios de convulsão na infância; 
• Fatores cerebrais: problemas com neurotransmissores (substâncias que enviam informações a outras células), como dopamina e glutamato e uso de drogas psicoativas. 

Quais são os tipos de esquizofrenia?

Bleuler foi um psiquiatra suiço que desenvolveu estudos sobre esquizofrenia em que entendeu que a condição não era uma demência, mas sim uma doença mental física e deu o nome de esquizofrenia, em tradução literal “mente dividida”. 

Os estudos de Bleuler ajudaram Kraepelin a aprofundar o entendimento da doença e foi classificado em quatro tipos: como a catatônica, a hebefrenia, paranóide e indiferenciada. 

Catatônica

A esquizofrenia catatônica é caracterizada pelo catatonismo em que paciente apresenta passividade, não reagindo de forma correta ao ambiente. Além disso,  pode apresentar paralisia do corpo, permanecendo em uma mesma posição por muito tempo, até mesmo dias. 

Hebefrenia

Esse tipo de esquizofrenia apresenta dificuldade em organizar os pensamentos afetando o discurso, com falas fora do contexto. Além de ser comum a presença de sintomas negativos, como perda de ânimo e capacidade de realizar, como manter relações sociais na vida pessoal e trabalho, além de tarefas básicas do dia a dia.

Paranóide 

A esquizofrenia do tipo paranóide é o tipo mais comum e apresenta delírios e alucinações, principalmente, ouvir vozes, sensação de perseguição e criação de conspirações. 

Indiferenciada

A esquizofrenia indiferenciada é quando os sintomas ainda não estão específicos ou não se encaixam em nenhum dos tipos citados.

Principais sintomas de esquizofrenia

Os principais sintomas da doença podem ser divididos entre positivos e negativos. O paciente, normalmente, não consegue identificar esses sintomas, pois a doença altera a noção de realidade e impede que se faça uma autoavaliação para ir atrás de ajuda médica.

Sintomas positivos 

• Delírios; 
• Alucinações; 
• Alterações no pensamento. 

Sintomas negativos 

São sintomas mais complexos e com uma maior dificuldade para se tratar, os principais sintomas desse tipo são: 

• Isolamento social; 
• Indiferença; 
• Dificuldade para se movimentar; 
• Falta de motivação;
• Falta de concentração;
• Desconfiança excessiva. 

Dia a dia do paciente 

A esquizofrenia reduz a efetividade, afeta a cognição e prejudica a realização de atividades do dia a dia, por isso, é de extrema importância um tratamento realizado por um médico especializado para que o paciente tenha uma vida com qualidade de vida. 

Diferença entre bipolaridade e esquizofrenia

A esquizofrenia é um transtorno que causa delírios e alteração na percepção da realidade, enquanto o Transtorno Bipolar apresenta episódio de mania, ou seja, o paciente apresenta alterações no comportamento como insônia, aumento de energia, necessidade de falar ou se movimentar, além disso, a bipolaridade apresenta episódios repetidos de depressão. 

Diagnóstico e tratamento     

A doença não é passível de cura, mas é possível tratá-la e ter qualidade de vida. Ao notar os principais sintomas, a recomendação é procurar um médico especializado para que possa obter o diagnóstico e iniciar o tratamento. 

Não há um exame de imagem que possa diagnosticar a esquizofrenia, o procedimento padrão é realizar uma consulta com psiquiatra e o médico irá entender os sintomas e histórico do paciente. Além disso, o médico pode pedir uma tomografia ou ressonância magnética do crânio para eliminar dúvidas de outras doenças relacionadas. 

O tratamento da doença é realizado com medicamentos Quetiapina, Risperidona, Olanzapina ou Clozapina, que são medicamentos antipsicóticos, que auxiliar os sintomas como delírio e alucinação

A NeuroeDor é uma clínica especializada com médicos qualificados que irá te auxiliar no diagnóstico e tratamento da esquizofrenia. Agende uma consulta em nossa clínica e tire todas as suas dúvidas!