O que é Parkinson e quais os primeiros sinais da doença
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, aproximadamente, 1% da população mundial, que apresenta idade superior a 65 anos, tem a doença de Parkinson. Já no Brasil, é estimado que 200 mil pessoas sofram com a doença.
Ela é uma doença neurológica progressiva que causa tremores e impacta os movimentos, equilíbrio, fala, escrita, entre outros sintomas. O primeiro caso diagnosticado da doença na história foi em 1817, por James Parkinson, e é por isso que ela foi batizada com o seu nome.
O dia 11 de abril é marcado como o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson e foi estabelecido pela OMS em 1998, com o objetivo de conscientizar sobre as possibilidades de tratamento e a melhora da qualidade de vida do paciente.
Quer entender melhor o que é Parkinson, seus primeiros sinais e qual o seu tratamento? Continue lendo nosso artigo que iremos responder às principais perguntas sobre essa doença. E, caso tenha curiosidade, acompanhe nossos outros artigos sobre as principais condições médicas.
Afinal, o que é Parkinson?
O Mal de Parkinson é uma doença neurológica, isto é, ela afeta o cérebro e a sua natureza é degenerativa. Por ser uma doença degenerativa, a região do cérebro chamada Substância Negra se degenera antes da hora, o que causa a rigidez, tremor entre os outros sintomas conhecidos.
Além disso, o Mal de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, ficando atrás apenas da doença de Alzheimer. A doença avança de forma progressiva, por isso, os primeiros sintomas se apresentam em idade mais avançada, após os 65 anos.
A maioria dos casos do Parkinson são esporádicos, não existe uma relação hereditária, ou seja, por possuir casos da doença na família, sendo estes apenas 10% dos casos. Ainda, os casos hereditários costumam apresentar sintomas de forma precoce.
O que leva uma pessoa a ter Parkinson?
O Parkinson é causado por uma morte precoce de uma região do cérebro conhecida como Substância Negra, que é responsável pela produção do neurotransmissor dopamina, uma substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas.
A falta de dopamina causa os sintomas que conhecemos do Parkinson, como os tremores, perda de equilíbrio, rigidez muscular, entre outros, uma vez que é ela que faz com que o nosso corpo realize movimentos voluntários de forma automática. Ou seja, a dopamina faz com que não precisemos pensar em cada movimento que os nossos músculos vão realizar.
Por conta da ausência desse neurotransmissor, a informação não é levada de forma correta à célula receptora e o controle motor do indivíduo é perdido. Entretanto, não há estudos que comprovem o que causa a morte precoce dessa região do cérebro.
Além disso, existem fatores que podem desencadear o Parkinson como contato com metais pesados, fatores genéticos e o envelhecimento, sendo a idade o fator mais evidente.
Sintomas do Mal de Parkinson
Como vimos, a dopamina é responsável por controlar a função motora do indivíduo, fazendo com que não precisemos pensar em cada movimento que dos músculos presentes do corpo.
Normalmente, os sintomas costumam aparecer no paciente a partir dos 50 anos. Entretanto, a doença pode dar sinais antes por conta de algum caráter hereditário ou genético.
Os principais sintomas motores do Parkinson são:
- Lentidão motora;
- Rigidez entre as articulações do punho, cotovelo, ombro, coxa e tornozelo;
- Tremores assimétrico de repouso;
- Desequilíbrio;
- Alteração na postura;
- Alteração na fala;
- Alteração na escrita.
Além disso, existem sintomas não-motores:
- Diminuição do olfato;
- Alterações intestinais;
- Alterações do sono.
Um fato curioso sobre os sintomas do Parkinson, é que quase 40% dos pacientes diagnosticados não apresentam tremores, principal característica associada à doença, sendo a lentidão de movimento e a rigidez os sintomas mais perceptíveis.
Como é o início do mal de Parkinson?
A vida dos pacientes que sofrem com a doença de Parkinson são afetadas de forma gradual e, dificilmente, ele consegue identificar em si os primeiros sintomas do Parkinson, sendo, geralmente, os parentes ou pessoas próximas que indicam uma mudança de comportamento.
Entretanto, alguns sintomas podem ser notados alguns anos antes de um diagnóstico médicos, como:
- Fraqueza;
- Pressão baixa;
- Dificuldade para andar e pegar objetos;
- Idas excessivas ao banheiro;
- Depressão;
- Distúrbios no sono;
- Letras pequenas;
- Escrita tremida.
Com um diagnóstico precoce, é possível retardar alguns sintomas do Parkinson logo no início com remédios que são capazes de repor os níveis de dopamina no cérebro.
Diagnóstico da doença
O diagnóstico do Parkinson é feito com o histórico do paciente, a partir de uma avaliação clínica com um neurologista. Esse especialista irá entender seu quadro e, após isso, pedir exames que excluam as possibilidades de outras doenças com sintomas semelhantes e forneça o diagnóstico correto.
Além disso, o diagnóstico da doença deve ser individualizado, uma vez que cada paciente apresenta um conjunto de sinais e sintomas distintos uns dos outros. Assim como cada paciente terá respostas diferentes a cada tipo de tratamento e medicação.
Não existe um exame específico que diagnostique o Mal de Parkinson ou que o previna, no entanto, os exames auxiliam o médico a ter certeza do diagnóstico antes de prosseguir com o paciente.
Como tratar?
O tratamento do Parkinson é focado em aumentar os níveis de dopamina produzidos pela Substância Negra, melhorando os sintomas motores que afetam o dia a dia do paciente.
Existem 3 tipos principais de tratamento para o Parkinson:
- Medicamentosa;
- Reabilitacional;
- Cirúrgica.
Cada um dos tratamentos listados são eficazes e serão indicados pelo médico de acordo com o estágio da doença. Eles podem ser usados tanto de forma isolada, como combinados entre si.
Entretanto, as terapias para auxiliar na doença de Parkinson aliviam os sintomas, mas não alteram a evolução da doença,mas, se combinadas com mudança no ambiente e estilo de vida do paciente, o paciente pode se manter ativo e funcional por mais tempo.
Mas o que fazer para prevenir o Mal de Parkinson?
Por mais que seja uma doença com cura, o Parkinson tem tratamentos eficientes que são capazes de devolver a qualidade de vida do paciente. Entretanto, alguns hábitos saudáveis podem ajudar a prevenir o Mal de Parkinson:
- Atividades físicas;
- Alimentação saudável;
- Estímulos cerebrais.
Desafiar os limites do próprio cérebro, aprendendo novas línguas e realizando atividades que demandem mais esforço, são benéficas para prevenir diversas doenças cerebrais.
Além disso, a atividade física e a alimentação correta, dará ao organismo substâncias muito importantes para equilibrar o corpo, além de garantir uma vida mais saudável.
Por fim, se você se identificou com os sintomas do Parkinson, agende já uma consulta com um dos nossos neurologistas para averiguar seu quadro.
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