Plexopatia braquial: por que a exigência do tratamento?
Tem dificuldade para sentir temperaturas ou toques nos membros superiores? Isso significa que pode estar com plexopatia braquial. Conheça o que é essa lesão nos nervos, seus sintomas e como tratá-los.
O que é plexopatia braquial?
Plexopatia braquial, ou lesão do plexo braquial, é uma lesão que atinge nervos responsáveis pelo controle do movimento e sensação dos ombros, braços, cotovelos, punho e mãos, ou seja, dos membros superiores.
A imagem abaixo representa o plexo braquial:
Como mostra a representação acima, o plexo braquial se inicia na medula, próxima ao pescoço, e vai até a axila, portanto, contempla as raízes nervosas torácicas e cervicais. Essa região possui escassez de proteção muscular e óssea, sofrendo lesões com maior facilidade.
A depender do nível da lesão, é possível causar incapacidade permanente.
Principal causa da lesão do plexo braquial
Segundo estudos da RMMG, estima-se que 90% das lesões no plexo braquial são causadas por traumas automobilísticos. Como mencionamos, é uma área com pouca proteção, sendo alvo fácil em traumas.
Mas, para além desta causa, o quadro pode se desenvolver conforme:
- Falta de ergonomia e esforço físico excessivo;
- Câncer de pulmão, devido a invasão da doença ao plexo braquial;
- Diabetes, que possuem alto potencial para degeneração dos nervos;
- Ferimento na região, causado por compressão, corte ou estiramento;
- Síndrome de Parsonage-Turner ou amiotrofia neurálgica, que é uma inflamação autoimune no plexo braquial.
Em recém-nascidos, também há possível lesão em partos com complicações devido ao peso elevado da criança, neste caso, trata-se de um ferimento por estiramento na tentativa de tirar o bebê.
Entender a causa é importante para o diagnóstico correto. Se você possui algum quadro acima, fale com um neurocirurgião
Fatores de risco
As chances para a lesão são maiores em pacientes que:
- Possuem mais de 50 anos;
- Possuem neurofibromatose;
- Realizam atividade física com frequência e, principalmente, sem ergonomia e técnicas corretas.
Tipos de lesões do plexo braquial
Os tipos de plexopatia braquial são divididos por localização da lesão nervosa, entenda:
- Erb (lesões do tronco superior C5 e C6): sintomas sensitivos e motores na região dos ombros e cotovelos, mas também podem afetar o tronco médio (C7), portanto, os punhos.
- Klump (lesões do tronco inferior C8 e T1): frequentemente gera sequelas motoras e sensitivas nas mãos e punhos.
E também, comprometimento dos nervos:
- Lesão Parcial: acomete até 3 raízes nervosas.
- Lesão Completa: acomete as 5 raízes nervosas (C5 a T1).
2.1: Rupturas: as raízes permanecem conectadas à medula espinhal.
2.2: Avulsões: as raízes se desprendem da medula espinhal. O quadro mais grave de uma plexopatia braquial
Sintomas de plexopatia braquial
Os principais e mais comuns sintomas de uma lesão do plexo braquial, são:
- Inchaço;
- Fraqueza;
- Espasmos;
- Descontrole de movimentos;
- Perda de sensibilidade ao calor;
- Perda de sensibilidade ao toque;
- Dor em 90% dos casos de avulsão;
- Queda de pálpebra e pupila dilatada;
- Perda de movimentos – principalmente a paralisia do ombro e bíceps.
Lembrando que esses sintomas se aplicam ao local e sua intensidade depende da gravidade do nervo lesionado. Portanto, além dos sintomas gerais que mencionamos acima, cada localização gerará um um déficit específico:
- Ombro (C5 e C6): dificuldade em elevação e rotação do braço;
- Punho (C7): dificuldade de extensão e flexão;
- Dedo (C8 e D1): dificuldade de extensão, flexão e movimentação de abrir e fechar.
* (consulte a imagem acima para melhor visualização)
Ainda, os sintomas podem ser uni ou bilaterais. Cada quadro poderá manifestar sintomas diferentes, pois fatores ainda mais complexos são considerados. Não hesite em procurar um neurocirurgião para tratar a plexopatia braquial.
Diagnóstico para plexopatia braquial
O diagnóstico clínico vai depender das raízes envolvidas e do grau da lesão de
cada raiz. No entanto, um padrão também é seguido neste caso, os seguintes exames podem ser realizados:
- Anamnese, contendo histórico de saúde, causa e sintomas
- Avaliação física, para examinar a força, sensibilidade e movimentos dos nervos afetados
- Exames de imagens: Eletroneuromiografia (ENMG), TC-mielo, Ultrassonografia e Ressonância Magnética, a fim de identificar sinais de avulsão da raiz lesionada ou outras possíveis causas para a lesão, como câncer.
É essencial que o tratamento da lesão, principalmente se cirúrgica, seja realizada até no máximo 6 meses após a lesão, pois a paralisia ocorre após 1 ano de lesão. Portanto, não espere pelo pior, busque o profissional adequado.
Tratamento para plexopatia braquial
Para o tratamento, é importante considerar os exames levantados no diagnóstico, uma vez que cada quadro irá requerer um tratamento. Por exemplo, a lesão completa exige um tratamento mais intenso que a parcial.
Num geral, as possibilidades de tratamento para plexopatia braquial:
- Medicamentos, como corticoides.
- Tratamento para a causa da plexopatia braquial e não para o quadro em si.
- Fisioterapia e T.O, para tratar e prevenir atrofia muscular, articular e reeducação sensorial.
- Reparo microcirúrgico, tanto para quadros em que há rupturas, como em aversões.
Tratamento cirúrgico para lesão do plexo braquial
Os tratamentos cirúrgicos são recomendados quando não há possibilidade de regeneração do nervo com outro tratamento, conforme mencionado acima. Portanto, são quadros com lesões mais graves e que requerem a reconstrução ou enxerto do nervo.
Conheça dois exemplos de cirurgia para plexopatia braquial:
- Drezectomia, que pode curar até 90% da dor a partir da reparação do nervo, realizada com enxerto da perna;
- Neurotização, com as técnicas Espinhal para Supraescapular e Ulnar para Músculo cutâneo, ambas com o princípio de utilizar total ou parcialmente um nervo para recuperar o outro.
As cirurgias para plexopatia braquial podem levar até 6 meses para recuperação completa, é preciso seguir corretamente as instruções médicas, como a imobilização do braço por quase 2 meses, para um resultado ainda mais eficaz,
No entanto, a depender da gravidade do quadro nem sempre será possível reverter o nervo lesionado, causando incapacidade permanente ou outras sequelas. Principalmente se já passou um ano da lesão, causando a paralisia.
Mantenha contato com o seu neurocirurgião para um melhor acompanhamento de quadro e qualidade de vida.
Para relembrar: o tratamento da lesão, principalmente se cirúrgica, deve ser realizado até no máximo 6 meses após a lesão devido ao tempo de reparo natural do músculo, que é de 1 mm ao dia, após essa data o músculo tende a não realizar a ligação química necessária. O acompanhamento clínico mensal é essencial no pré, durante e pós tratamento.
Quando procurar um médico: neurocirurgião em SP
Se você procura um médico especializado em neurologia em São Paulo que seja capaz de contribuir para o bem-estar do paciente de maneira efetiva, proporcionando um tratamento focado e individualizado, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Thiago Rodrigues.
O Dr. Thiago, neurocirurgião em SP, possui certificados nacionais e internacionais na área da neurologia para oferecer um atendimento de excelência para seus pacientes. Caso queira fazer uma avaliação, clique neste link!
Saiba tudo sobre o Thiago, conheça o profissional adequado para seu tratamento
Ignorar a dor e outros sintomas pode gerar sérias complicações. As explicações e recomendações aqui descritas não substituem a análise específica de cada quadro, realizada somente pelo profissional.
Por isso, busque o tratamento ideal com um neurocirurgião. Se você mora ou está na capital de SP, já marque sua consulta com o neurologista Dr. Thiago pelos meios:
- Telefone: (11) 31675770
- E-mail: contato@neurocirurgiasp.com.br
As explicações e recomendações aqui descritas não substituem a análise específica de cada quadro, realizada somente pelo profissional. Gostou de saber mais sobre o que é plexopatia braquial e a exigência do tratamento? Então, confira outros artigos do nosso blog. 🙂
Data de publicação: