Cirurgia de Parkinson: qual o melhor momento para fazê-la?
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 1% da população com idade superior a 55 anos tem ou terá a doença de Parkinson, e 3% em pessoas acima dos 75. No Brasil, a incidência é de 3,3%, no entanto, cerca de 30% desses casos têm como alternativa de tratamento a cirurgia para Parkinson.
O Parkinson é uma doença neurodegenerativa, que causa a morte gradual e precoce de uma região do cérebro chamada Substância Negra, que é responsável por produzir a dopamina. Com o avanço da medicina, foram criadas novas técnicas de tratamento que auxiliam e melhoram a qualidade de vida dos pacientes.
Para entender melhor como funciona a cirurgia para Parkinson e em quais casos ela é recomendada, continue lendo nosso artigo. E acompanhe nossos outros artigos para sanar outras dúvidas sobre as principais condições médicas. Boa leitura!
O que é a Cirurgia para Doença de Parkinson?
A cirurgia como tratamento para a doença de Parkinson existe desde a década de 1960. O propósito deste tipo de tratamento é controlar o tremor e rigidez, principais sintomas motores da doença, que acometem os membros superiores.
Inicialmente, na cirurgia para doença de Parkinson eram realizadas lesões terapêuticas no Globo Pálido Interno e no Tálamo (Palidotomia e Talamotomia), com melhoras impressionantes nos pacientes. Mas, foi a partir de 1989, que introduziu-se os estimuladores cerebrais profundos (do inglês Deep Brain Stimulation, ou DBS) o que acarretou em um aumento considerável nos números da Cirurgia para Doença de Parkinson.
Tratamentos para a doença de Parkinson
Existem três tipos principais de tratamento para a doença de Parkinson:
- Medicamentosa;
- Reabilitacional;
- Cirúrgica.
O tratamento do Parkinson através da cirurgia é focado em corrigir os sinais que causam os sintomas do Parkinson quando os outros tratamentos já não demonstram mais efeitos de melhora dos sintomas.
Qual o momento para realizar a cirurgia de Parkinson
Não basta apenas ser diagnosticado com a doença para ser qualificado à cirurgia de Parkinson, existem algumas condições que precisam ser executadas antes de o médico recomendar este tipo de tratamento.
O tratamento de Parkinson com cirurgia é recomendado a partir do histórico clínico do paciente e em como ele se comporta com os tratamentos alternativos como o medicamentosos e reabilitacionais.
Para isso, o principal requisito para realizar a cirurgia de Parkinson é apresentar um quadro mais alto de comprometimento do sistema motor e em que o paciente já não apresenta melhora apenas com remédios. Nesses casos, a cirurgia é um passo eficaz para devolver a qualidade de vida ao paciente.
Como é feita a cirurgia Estímulos Cerebrais Profundos?
O DBS é realizado a partir da implantação de um marca-passo cerebral, que vai ser conectado a eletrodos que vão gerar a estimulação elétrica, devolvendo a transmissão de informação neural correta e devolvendo o controle do movimento. O efeito pode durar anos.
O procedimento não ocasiona nenhuma lesão para o cérebro e ainda é reversível, podendo ser desfeito se for preciso. Além disso, a recuperação do paciente é rápida, tendo retorno com o médico em apenas uma semana, quando ele retira os pontos e liga bateria, começando com a estimulação elétrica.
Para que serve o marcapasso cerebral?
São colocados eletrodos no cérebro e ligados ao marca-passo, que ficará alojado sob a pele na área da clavícula. Esse processo realiza a estimulação elétrica profunda cerebral, que bloqueia os sinais danosos da doença que causam do Mal de Parkinson.
O marcapasso no cérebro é um tratamento eficaz para devolver qualidade de vida e é realizado por um neurocirurgião. Além disso, é um procedimento reconhecido pelos órgãos reguladores do Brasil e do mundo todo e está incluída no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Neurocirurgião para cirurgia de Parkinson
A neurocirurgia é a especialidade médica que cuida dos pacientes com doenças do crânio e da coluna, se dedicando particularmente aos procedimentos cirúrgicos, em todas as suas etapas. Sendo ele o responsável por realizar a cirurgia de Parkinson.
O neurocirurgião realizará uma avaliação cognitiva e neuropsiquiátrica, além de analisar a resposta do paciente com os medicamentos. Para isso, avalia-se isoladamente o organismo do indivíduo com e sem o uso do medicamento. E após esses passos, ele irá analisar os resultados para verificar se o paciente se encaixa no quadro para cirurgia.
Em nossa clínica no Itaim Bibi, contamos com neurologistas e neurocirurgiões habilitados para realizar o diagnóstico e a cirurgia para Parkinson em São Paulo. Estamos localizados no mesmo prédio que está o hospital Sírio Libanes, com ótima estrutura para oferecer o melhor tratamento.
Quais são os riscos da cirurgia de estimulação cerebral profunda?
Como vimos, a cirurgia de Parkinson não danifica as células do cérebro, no entanto, ela pode oferecer, sim, alguns riscos como a infecção e sangramento cerebral.
O risco de pegar alguma infecção é possível em qualquer tipo de cirurgia, mas, com o avanço da medicina, o risco não ultrapassa 2%. Já o sangramento cerebral apresenta um risco ainda menor que a infecção e não causa sintomas, podendo ser identificado em exames após a cirurgia.
A Unidade Médica Avançada conta com neurocirurgião em São Paulo com vasta experiência médica para realizar a cirurgia de Parkinson.
A cirurgia cura a doença de Parkinson?
Não. Infelizmente, a cirurgia de Parkinson tem como objetivo melhorar os sintomas que a doença acarreta para o paciente, devolvendo a qualidade de vida nas pequenas tarefas do dia a dia, como conseguir se alimentar sozinho e amarrar o sapato.
A cirurgia para Doença de Parkinson é usada como último recurso?
Não. A cirurgia para Doença de Parkinson é recomendada quando ainda há chances do paciente retomar o controle motor. Normalmente, após o diagnóstico, é feito como tratamento primário o uso de medicamento e, caso não haja melhora, a cirurgia é prescrita pelo médico para aliviar os sintomas da doença.
Caso esteja enfrentando o diagnóstico de Parkinson e não esteja com controle dos sintomas da doença ou conheça alguém que esteja nessa situação, agende uma consulta com nossos profissionais para poderem ajudar no quadro.
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