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Confusão mental: o que é, sintomas e principais cuidados

ilustração de uma menina frustrada com ansiedade e confusão mental

Ao longo da vida, muitos podem experimentar episódios de confusão mental, seja como consequência de um estresse intenso no dia a dia, falta de sono, doenças ou uso de certos medicamentos. Pode ser uma experiência delicada, interferindo na capacidade da pessoa de pensar com clareza, tomar decisões e realizar tarefas simples do dia a dia. 

É importante entender que a confusão mental não é uma condição em si, mas sim um sintoma de algo maior que está acontecendo em nosso organismo. Portanto, vamos explorar o que é a confusão mental, quais são suas possíveis causas e sintomas, além de algumas estratégias para lidar com esse quadro. Boa leitura!

O que é a confusão mental?

A confusão mental, também conhecida como estado confusional ou delirium, é um estado temporário de alteração na função cognitiva e na consciência. Ou seja, o paciente fica confuso e apresenta dificuldade em se concentrar, se lembrar de coisas simples ou entender o que está acontecendo ao seu redor. 

representação criativa do cérebro humano em fundo escuro
A confusão mental não é uma doença, mas uma síndrome que causa desordem no pensamento. 

Ela não é uma doença, mas uma síndrome de caráter temporário que é caracterizada por uma desordem no pensamento, dificuldade de concentração, desorientação em relação ao tempo e ao espaço, agitação e perda de memória recente. 

A confusão mental aguda, também conhecida como delirium, é um estado súbito e temporário de confusão. É caracterizada por alterações agudas na cognição, atenção, consciência e percepção, resultando na desorientação e dificuldade em pensar claramente.

Já a confusão mental crônica é caracterizada por um estado persistente de confusão mental que pode durar semanas, meses ou até mesmo anos, e se desenvolve gradualmente e tende a ter uma progressão mais lenta. 

Além disso, um outro é a síndrome confusional recorrente, que é caracterizada por episódios recorrentes de confusão mental, intercalados com períodos de lucidez. Os episódios podem ser desencadeados por conta de infecções, medicamentos, estresse, entre outros fatores. 

Quais são os sintomas de confusão mental?

A confusão mental é uma síndrome relacionada a diversos quadros, desde infecções sistêmicas, tumores até doenças degenerativas. Em um quadro de confusão mental, o paciente pode apresentar sinais de: 

  • Desorientação
  • Dificuldade de atenção e concentração
  • Alterações ou perda de memória
  • Mudanças no comportamento
  • Distúrbios do sono
  • Alucinações ou delírios

O que causa confusão na mente? 

mulher em frente ao notebook com expressão de cansaço em seu escritório no trabalho
Pessoas que têm um nível alto de estresse e ansiedade podem apresentar sintomas de confusão mental. 

A confusão mental pode ser causada por uma variedade de fatores, como condições médicas, como febre alta e infecções, além de lesões e distúrbios de sono. 

1. Condições médicas

Alguns desequilíbrios orgânicos do corpo humano podem afetar o funcionamento adequado do cérebro e levar à confusão mental, como: 

  • Febre alta
  • Infecções
  • Desidratação
  • Distúrbios metabólicos
  • Hipoglicemia
  • Problemas de tireóide
  • Distúrbios respiratórios
  • Insuficiência hepática ou renal 

2. Medicamentos

O consumo de medicamentos, como: sedativos, tranquilizantes, analgésicos opióides, antidepressivos, anti-histamínicos e medicamentos para pressão alta, podem ter efeitos colaterais que causam a confusão mental. 

3. Transtornos psiquiátricos 

Alguns transtornos psiquiátricos, como a depressão grave, transtorno bipolar, esquizofrenia e transtornos de ansiedade, podem causar sintomas de confusão mental no paciente.  

4. Lesões cerebrais 

Lesões como traumatismos cranianos, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), tumores cerebrais, entre outras lesões cerebrais, podem interferir na função cerebral normal e levar o paciente a apresentar confusão mental.

5. Distúrbios do sono 

Os distúrbios do sono, como insônia crônica, apnéia do sono ou síndrome das pernas inquietas, podem levar o paciente a privação do sono e causar confusão mental. Ter uma boa qualidade de sono é fundamental para o funcionamento adequado do cérebro e da saúde em geral. 

6. Estresse e ansiedade 

Pessoas que apresentam níveis elevados de estresse e ansiedade por um período prolongado podem ter a sua função cognitiva afetada e levar a sintomas comuns de confusão mental. 

Fatores de risco

A confusão mental é mais comum em pessoas mais velhas, especialmente aquelas que têm condições médicas crônicas ou que passam por internações hospitalares. Além disso, o consumo excessivo de álcool e drogas ilícitas podem aumentar o risco de confusão mental. 

Em situações de estresse intenso, como trauma emocional ou eventos traumáticos podem também desencadear episódios de confusão mental.

Diferenças entre confusão mental e demência

Confusão mental e demência são duas condições que afetam a função cognitiva, mas a confusão mental é causada por fatores reversíveis, já a demência é uma condição crônica e progressiva que afeta a função cognitiva de forma persistente e permanente. 

médica fornecendo apoio emocional a uma senhora deitada em uma cama de hospital
A confusão mental é mais comum em pessoas mais velhas, principalmente os que estão ou passam por internações hospitalares.

Como é feito o diagnóstico da confusão mental?

O primeiro passo no diagnóstico da confusão mental e de qualquer condição médica é a anamnese, que é uma série de perguntas detalhadas feitas para o paciente ou com um familiar ou cuidador para obter informações sobre o histórico médico e pessoal. 

Não existe um exame específico para diagnosticar a confusão mental. Para isso, ele pode solicitar exames, como exames de sangue para verificar os níveis de glicose, eletrólitos e função renal, entre outros, que ajudam a descartar outras condições médicas que podem estar contribuindo para os sintomas de confusão mental.

O médico pode solicitar uma avaliação neurológica com o Eletroencefalograma (EEG), um exame que apresenta gráfico das correntes elétricas espontâneas desenvolvidas no cérebro para auxiliar o médico a localizar as áreas afetadas e a entenderem as alterações neurológicas associadas à confusão mental.

Além disso, em alguns casos é importante avaliar o estado cognitivo do paciente por meio de testes específicos, como o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) ou o Montreal Cognitive Assessment (MoCA). Esses testes irão ajudar a avaliar o nível de atenção, memória, linguagem e outras funções cognitivas do paciente. 

Tratamento da confusão mental 

Não existe um tratamento para a confusão mental especificamente, o objetivo é tratar a causa para aliviar os sintomas e conseguir auxiliar o paciente a se recuperar e ter o estado mental normal. 

Portanto, é necessário identificar e tratar a causa da confusão mental, através de exames. Com isso, pode ser necessário o tratamento de infecções, ajuste de medicamentos, controle de dor, correção de desequilíbrios metabólicos, entre outros. 

É preciso estimular a função cognitiva por meio de exercícios e terapia ocupacional, o que pode ajudar a melhorar a desorientação mental. Além disso, estar em um ambiente calmo, ter apoio emocional e psicológico ao paciente é essencial. Isso pode incluir ações como realizar terapia individual ou em grupo. 

pessoas sentadas em círculo realizando psicoterapia em grupo com um médico profissional
Pessoas em estado de confusão mental precisam ter apoio emocional e psicológico. 

Como lidar com a confusão mental?

Se você está ao lado de uma pessoa com confusão mental é necessário, em primeiro lugar, ter paciência. Ao se comunicar com uma pessoa que está passando por isso, é importante usar uma linguagem clara e simples, aliada a gestos e expressões faciais para facilitar a compreensão. 

Em alguns casos, é recomendado buscar o auxílio de outros profissionais de saúde, como cuidadores ou terapeutas ocupacionais, que irão fornecer atividades estruturadas e direcionadas para estes tipos de casos. 

Além disso, é importante sempre manter uma rotina consistente para trazer sensação de segurança ao paciente, até que ele se recupere por completo do episódio de confusão mental. 

Dá para prevenir confusão mental? 

Embora não seja possível prevenir completamente episódios de confusão mental, algumas medidas podem ajudar no dia a dia para reduzir o risco, como: 

  • Evite consumo excessivo de álcool
  • Evite drogas ilícitas 
  • Mantenha a mente ativa 
  • Cuide da saúde mental
  • Mantenha uma rotina
  • Tenha períodos de sono regulares
  • Pratique exercícios físicos. 

A confusão mental pode ser um desafio para quem vivencia e seus cuidadores. No entanto, com o tratamento adequado e suporte, é possível lidar com os sintomas e melhorar a qualidade de vida. 

Por isso, sempre busque ajuda profissional para receber as informações e apoio necessário para encontrar o melhor caminho para recuperar o seu bem-estar ou de pessoas próximas que apresentam sintomas de confusão mental. 

A Unidade Médica Avançada conta com uma clínica no Itaim Bibi, em São Paulo, com um tratamento humanizado e uma equipe especializada em Neurologia para entender o quadro e devolver a qualidade de vida. 

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